Aceitação

Tem uns ditados que rolam por aí que “vira e mexe” escutamos. Dois deles, relacionados ao mesmo tema, recentemente foram objeto de discussão e dão o que pensar...

“Quando a esmola é demais o santo desconfia”

"Quem tá acostumado com osso, quando se depara com uma picanha não sabe o que fazer”

Independente de qualquer situação real, é impressionante o hábito que adquirimos ao longo da vida, ao longo dos nossos erros e acertos, a desconfiar daquilo que é bom.

Parece doido né?

Do ruim não temos medo, afinal “era o esperado”. Do ruim simplesmente falamos: sabia que tinha algo errado, não podia dar certo.

E do bom? Simplesmente desconfiamos insistentemente e procuramos defeito, procuramos algo que desabone, porque simplesmente não é possível aceitar que algo de bom está acontecendo conosco.

Claro que na teoria é muito simples dizer:  acredite que o bom existe e é o que merecemos, mas na prática nos armamos contra o bom, contra o que pode nos fazer feliz.

 A minha amiga Pati vive me dizendo que tenho que parar que todos são bons e em parte ela tem razão. Essa minha “compulsão” por achar que as pessoas são bem intencionadas me traz muitas decepções.

O que fica desta reflexão é, como diria minha amiga Carla, há sempre algo de bom reservado para nós, só não podemos fechar os olhos.